Um dos maiores problemas sociais, com
grandes implicações ao nível ambiental e que mais chama os cidadãos a intervir,
é o destino a dar aos resíduos sólidos e urbanos que se produzem cada vez em
maior quantidade. Ultrapassada a fase das lixeiras, a aposta tem sido cada vez
maior na incineração - com aproveitamento energético, mas com custos ao nível
da poluição atmosférica por emissão de substâncias poluentes - e na reciclagem.
Esta constitui o primeiro "R" e permite a transformação de resíduos
em materiais úteis, como, por exemplo, o papel e o vidro reciclados. Os
cidadãos têm neste processo um papel fundamental, pois podem separar os
diversos tipos de resíduos e colocá-los nos recipientes próprios - vidrão,
papelão, plasticão e pilhão - existentes nos ecopontos. O segundo "R"
é de reutilizar, que consiste em fazer novos usos de materiais já
utilizados ou usar de novo esses mesmos materiais. Com esta atitude reduz-se a
quantidade de resíduos e poupam-se os recursos naturais. Usar pilhas
recarregáveis, comprar embalagens com retorno, usar sacos de pano para as
compras, utilizar, para rascunho, os versos em branco de folhas de papel são
exemplos de reutilização. Por último, mas não menos importante, vem o "R"
de reduzir. Neste caso, importa diminuir o consumo de produtos,
rentabilizar esse consumo e utilizar produtos que produzam menos resíduos.
Assim devem preferir-se produtos de longa duração, como o uso de pilhas
recarregáveis, a utilização, nas empresas, de canecas de cerâmica individuais
em vez de copos de plástico, e o uso de lâmpadas de consumo económico que são
mais duráveis. Deve, por exemplo, promover-se a duração de materiais de consumo
rápido e a impressão em modo de rascunho, assim como comprar produtos menos
embalados.
Contribuir para um mundo mais saudável e equilibrado é responsabilidade de
todas as pessoas, e os cidadãos que muitas vezes se sentem à margem dos
destinos da sociedade têm na política dos três "R" uma forma simples
e eficaz de participação civicamente responsável.
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