Do ponto de vista climático, o Quaternário caracterizou-se por importantes flutuações que conduziram a uma alternância de fases de arrefecimento bastante acentuado (glaciações) com outras caracterizadas por um aquecimento relativo do planeta (interglaciares). Em África, o clima conheceu neste período um momento de abundante pluviosidade, intercalado com outros de tipo árido, denominados interpluviais. Durante os períodos das glaciações, a Europa assistiu a um condicionamento da sua situação climática proveniente de uma imensa massa de gelo concentrada maioritariamente na península escandinava, cobrindo todo o Norte do continente. Estudos recentes concluíram, contudo, que durante o período das glaciações verificaram-se momentos de pequenas oscilações temperadas entremeando as fases frias. Algumas zonas da Europa temperada conheceram, inclusive, durante a última glaciação, um clima semelhante ao que no presente encontramos nas áreas do extremo setentrional do continente. Estas mudanças atingiram de igual modo a Europa Ocidental, embora de forma mais mitigada.
Por seu lado, estas oscilações climatéricas viriam a ter efeitos sobre a evolução geral do planeta. O aumento da temperatura dos períodos interglaciares, por exemplo, era seguido de uma subida do nível das águas marítimas, provocando a movimentação da linha de costa para o interior e a consequente alteração do contorno terrestre.
Todos estes factores influenciam, de forma importante, a proliferação, movimentação, sobrevivência e mobilidade da fauna e da flora, e, em consequência, do próprio Homem.
Referências do Documento:
- alterações climáticas no Quaternário. In Diciopédia 2010 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2009. ISBN: 978-972-0-65265-2
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