Engenharia Genética

O princípio da engenharia genética consiste em transferir um gene de células de uma espécie para células de outra espécie, de maneira a dar às células receptoras uma propriedade nova ligada ao gene transferido. O objectivo desta transferência é a produção em grande quantidade de produtos raros (enzimas, hormonas, vacinas, etc.), a obtenção de variedades originais de animais e plantas que apresentem potencialidades novas ligadas ao gene transferido, correcção de defeitos hereditários, etc. A transferência de um gene, qualquer que seja o objectivo, implica sempre três grandes etapas:
  • a) Recombinação in vitro de DNA, em que ocorre a soldagem artificial de um gene a outro fragmento genético - vector - que serve para introduzir o gene na célula receptora. O vector mais usado é o plasmídio, material genético que se reproduz nas bactérias. A soldagem é feita com intervenção de enzimas específicas.
  • b) Clonagem da bactéria portadora do plasmídio recombinado. Por multiplicação da bactéria obtém-se um grande número de bactérias recombinadas.
  • c) Expressão do gene estranho, após a sua transferência, isto é, a obtenção da síntese proteica codificada no gene introduzido.
A engenharia genética desempenha um papel cada vez mais importante nos domínios da saúde, da agricultura e do sector agro-alimentar. Pode dar-se como exemplo a produção de hormonas (insulina, hormona do crescimento), de vacinas, de certos factores de coagulação do sangue, a formação de espécies resistentes, etc.

Referências do Documento:
  • engenharia genética. In Diciopédia 2010 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2009. ISBN: 978-972-0-65265-2
Engenharia Genética

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