O psicólogo social Kurt Lewin (1890-1947) foi um dos primeiros a dar importância à influência do meio e das relações que com ele se estabelecem, no modo como as pessoas agem, reagem e se organizam.
A psicologia ambiental considera o meio ambiente como todos os contextos onde se inserem os sujeitos (por exemplo, casas de habitação, escritórios, escolas, ruas, etc.) e actua mais sobre os comportamentos de grupos do que sobre comportamentos individuais.
Este ramo da psicologia apresenta principalmente cinco princípios a seguir na sua investigação e intervenção: primeiro, ser capaz de modificar o meio ambiente; segundo, estar presente em todos os contextos do dia-a-dia; terceiro, considerar a pessoa e o meio como entidades unas; quarto, considerar o indivíduo como actuante sobre o meio e o meio como influenciando o indivíduo; e, por último, deve ser sempre levada a cabo com a colaboração de outras ciências.
Esta ciência considera três grandes níveis de estudo: o nível dos processos psicológicos que engloba a percepção, a cognição e a personalidade do sujeito; o nível da gestão do espaço social que trata das questões da territorialidade, da privacidade e espaço pessoal e do fenómeno das multidões; e, por último, o nível da introdução de modificações no design do espaço com vista a uma melhor adequação psicológica com as características do ambiente (por exemplo, os novos processos de reciclagem e de poupança de energia).
Alguns dos métodos utilizados na investigação em psicologia ambiental são comuns aos utilizados noutro tipo de pesquisas em psicologia (por exemplo, a observação de comportamentos, as entrevistas, as escalas de avaliação e a simulação em laboratório). Outros, no entanto, são mais específicos desta ciência (por exemplo, o estudo do espaço pessoal, os mapas cognitivos, etc.).
Referências do Documento:
- psicologia ambiental. In Diciopédia 2010 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2009. ISBN: 978-972-0-65265-2
Sem comentários:
Enviar um comentário