Em 1927, na obra Animal Ecology, Elton ampliou o conceito de nicho incluindo outros factores presentes na comunidade. Raciocinou da seguinte maneira: "Os animais sofrem a acção de factores externos - químicos, físicos e bióticos - e o nicho de um animal significa o seu lugar no meio biótico e as suas relações com o alimento e inimigos".
O emergente conceito de nicho de uma espécie foi objecto de interpretações matemáticas, durante os anos de 1920 e 1930, por Voltena, Lotka, Gauss e numerosos outros ecologistas. A ideia geral de Grinnel de que somente uma espécie pode ocupar um único nicho foi posteriormente ampliado por Voltena e Gauss, e que se tornou conhecido por princípio de Gauss-Voltena, ou, mais descritivamente por princípio da exclusão competitiva. Actualmente um nicho é considerado como a função ecológica que a espécie estabeleceu na comunidade. A competição entre duas espécies semelhantes por um nicho tornou-se o ponto focal por uma escola de ecologia e continua hoje a centrar muitos estudos científicos.
Um nicho é, pois, definido como a relação que a espécie estabelece numa comunidade.
Inclui os comportamentos individuais de espécie e as influências de outros factores bióticos e abióticos que afectam a sua vida. Proporciona satisfação a todas as necessidades vitais de uma espécie, estando essa espécie mais bem adaptada para ocupar esse nicho do que qualquer outra espécie. O nicho ocupado por uma espécie define-se pelo tipo de alimento que a espécie utiliza, pelos seus predadores, pelas temperaturas e graus de humidade que tolera, etc. Duas espécies não podem viver de forma estável se ocupam nichos ecológicos idênticos.
Referências do Documento:
- nicho (ecologia) . In Diciopédia 2010 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2009. ISBN: 978-972-0-65265-2
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