Os pesticidas são sistematizados de acordo com o grupo de organismos que conseguem eliminar. São insecticidas (substâncias que eliminam insectos), rodenticidas (que eliminam ratos), fungicidas (que eliminam fungos), etc. Contudo, nenhum destes produtos químicos é específico para um determinado tipo de organismos. Pode também matar outros organismos, incluindo os humanos. Actualmente, há autores que denominam os pesticidas por biocidas, querendo com isso alertar para o perigo que eles constituem para muitas formas de vida.
As primeiras substâncias utilizadas como pesticidas incluíam metais pesados tóxicos como o chumbo, o arsénico e o mercúrio. Estes compostos inorgânicos são geralmente referidos como pesticidas de primeira geração. Hoje sabe-se que estas substâncias se podem acumular nos solos e inibir o crescimento das plantas. Além disso, os seres vivos a ser destruídos vão sendo cada vez mais resistentes a estes pesticidas. Por exemplo, em 1900 o ácido cianídrico era capaz de eliminar cerca de 90% dos insectos destruidores de citrinos. Em 1930 só menos de 3% dos insectos eram destruídos.
Com a expansão da agricultura, outros pesticidas se tornaram necessários. Os cientistas produziram pesticidas de segunda geração a partir de compostos orgânicos sintéticos. Relativamente a estes pesticidas, surgiram outros problemas, como o desenvolvimento de seres resistentes, ressurgência de outras infestações, destruição do meio ambiente e efeitos perniciosos na saúde humana.
Contudo, começou a verificar-se que numerosos factores ecológicos e biológicos afectam a relação entre o predador ou parasita e as plantas ou animais atacados. Alguns destes factores podem ser manipulados sem perturbar o restante ecossistema. A execução destes métodos implica um conhecimento profundo das relações entre os predadores e parasitas com os seus ecossistemas.
Muitos grupos de insectos têm ciclos de vida complexos mas similares. O desenvolvimento de cada estádio depende de sinais químicos interiores fornecidos pelas hormonas. A localização de alimento e outros comportamentos dependem de factores químicos externos. Todos estes indíces sugerem caminhos para controlar as populações sem recorrer a pesticidas químicos.
O controlo natural das pestes e a diminuição da utilização de pesticidas podem ser feitos utilizando inimigos naturais, isto é, predadores dos responsáveis pelos malefícios. O controle genético consegue que as populações a defender criem incompatibilidade entre si e o seu predador. O controle químico natural consiste em utilizar hormonas ou feromonas que destroem o ciclo evolutivo do ser vivo prejudicial.
Referências do Documento:
- pesticidas e seu controle. In Diciopédia 2010 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2009. ISBN: 978-972-0-65265-2
Utilização de Pesticidas na Agricultura |
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